quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Washington, USA


Art and Soul
Reuse, reduce, recycle!






Tudo bem que seja um restaurante descolado. Mas... diet coke servida em pote de maionese ?!
Eles prometem servir comida simples e honesta com produtos vindo direto das fazendas e realmente estava uma delícia esse peixe alternado com feijão e espinafre bem apimentado... O atendimento um pouco demorado na hora do almoço, mas com simpatia. Fica próximo à Casa Branca.


http://www.artandsouldc.com/about/about-art-and-soul


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

São Paulo, Brasil




O inusitado



Você acredita que na beira de uma rodovia movimentada da poluída São Paulo possa ser surpreendido por um autêntico restaurante português rodeado por videiras repletas de cachos de uvas?

 A entrada se faz por um mercadinho com vários produtos expostos em prateleiras como vinhos, doces e temperos, portugueses ou não. Mais alguns passos e se chega ao restaurante decorado com cortinas brancas bordadas nas janelas e muitos pratos de porcelana nas paredes, que também estão à venda.
Haviam várias opções de bacalhau, mas naquela dia o destaque era a carne de cordeiro, muito macia e saborosa. O molho servido à parte poderia puxar mais um pouco no sabor de hortelã. O vinho, artesanal, servia uma pessoa.
É caro, mas as porções são bem servidas.
Sobra muito se for só pra uma pessoa mesmo que faminta.
Eles embrulham o que sobra para casa.



Rancho 53
Rodovia Castelo Branco, km 53, Araçariguama, Estado de São Paulo
Nº 1 de 39 Restaurantes em Araçariguama

New York, USA




É preciso ter tempo pra NY:
fugir das compras,
vivê-la como uma cidade comum como ela nunca será,
se embebedar com as sirenes, brilhar como um desconhecido super star,
se entorpecer com as luzes, querer ficar acordado por 24 horas...
E se você se apaixonar por NY,
ela te conquistou e não há mais nada que você possa fazer a não ser
ser mais um
dentro de toda essa ilusão.

domingo, 21 de setembro de 2014

Café Martinho da Arcada e A Brasileira, Lisboa

Procurar Fernando Pessoa em Lisboa é fazer reserva no Café Martinho da Arcada (aonde ele conversou com Aleister Crowley, o mago) ou no café A Brasileira. Ambos eram ponto de encontro de grandes poetas, para se falar bem da mulher amada e mal do governo.
No Café Martinho da Arcada ainda se encontra a mesa de Pessoa, fotos e alguns de seus pertences, assim como a mesa cativa de José Saramago.

"E, consequentemente, a Pátria portuguesa, pelo que respeita a criações civilizacionais, continuará na sua sonolência secular de Roldão aposentado...
E, consequentemente, Camões continuará muito sobranceiro á BRASILEIRA e ao MARTINHO, embora o não erga muito acima da sua visinhança de charlatães aquele boçalissimo pedestal, que bem receio não simbolize, assim grosseiro e inexpressivo e pesado, a alma truncada e deprimida da Pátria que lho erigiu..."
Hernâni Cidade,
in Inquérito à Vida Literária Portuguesa de Boavida Portugal,
Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1915, p. 279.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Harry's Bar, Veneza

HARRY'S BAR
Calle Vallaresso, 1323
Veneza - Itália

Poderia virar as costas para aquele lugar, achando que fui muito mal atendida. Mas interpretei o jeito que o garçon me atendeu ao oferecer aquele pequeno estofado entre o caixa e a porta de saída, como sendo a única opção viável no momento.

A idéia era provar o drink mais famoso de Veneza, o Bellini, feito no lugar aonde ele tinha sido criado entre 1934 e 1948 por Giuseppe Cipriani, misturando purê de pêssego com Prosecco.
Sabia que o hotel que escolhi ficava perto, mas não imaginava o quanto. Quando perguntei ao concierge o caminho, ele deu um sorriso como se eu fizera a pergunta mais tola e descreveu os passos a serem seguidos por mim, riscando o mapa da cidade.
Era realmente muito perto. Mas a entrada era muito discreta, passei direto, cheguei à beira do canal, olhei para os lados e virei-me para trás. O nome da rua não estava correto, havia a troca de uma letra, talvez num italiano muito antigo. Ainda perdida voltei pelo mesmo caminho, quando observei algumas pessoas entrando por uma pequena porta e sim, estava lá o seu nome: Harry's Bar.
Empurrei aquela porta e foi quando se abriu para mim um espaço barulhento pelo falatório de pessoas bem vestidas de meia idade, moradores locais, alguns acomodados em mesas à direita e muitos outros amontoados à frente do bar, à esquerda. Havia um recepcionista que poderia ser facilmente confundido com um freguês pela informalidade de suas roupas mas que com gestos educados perguntou o que eu queria. Respondi que gostaria de provar o Bellini. Ele então olhou para o balcão e, por falta de lugar, me ofereceu um estofado de cor marrom que ficava entre a porta de saída e o caixa, debaixo de uma prateleira onde eram demonstrados souvenirs e livros de receitas e que poderia suportar duas pessoas sentadas. Aceitei. Os móveis de madeira, antigos, deixavam escuro o ambiente. Sentei-me e esperei.
Depois de um tempo o homem que me recepcionou entregou-me um copo alto com uma bebida gelada de cor salmão e muito saborosa. Observei que outros também bebiam o mesmo drink. De pé, no balcão. É costume os moradores de Veneza se encontrarem para um spritz no final da tarde.
Estava só, numa situação meio delicada sentada naquele lugar improvisado. Me sentia deslocada, num país estranho, com pessoas estranhas, mas o que importava para mim naquele momento era o Bellini e não teria outro dia para voltar. Então me concentrei naquela bebida e saboreei cada gota, admirando sua cor através do copo de vidro. Ao meu lado, a mulher do caixa sorria sempre que olhava pra mim. Ao terminar, entreguei o copo à ela e pedi a conta. Sem gorjeta, sem "coperto".
Santo Bellini!

terça-feira, 22 de abril de 2014

Mercado San Antón, Madrid

Pate de ciervo com higado de oca al oporto

O espanhol grande e forte colocou os braços ao lado da cabeça e, como que chifrando alguma coisa, tentava imitar um veado, por trás de um balcão de um grande e movimentado mercado, para me explicar o que estava escrito no rótulo do patê que pretendia vender. Isso aconteceu em Madrid, enquanto eu visitava o Mercado San Antón, que fica no bairro Chuecas, a algumas quadras a pé do meu hotel.
Procurava por lugares pouco turísticos e este mercado é bem freqüentado pelo madrileño no dia a dia. O patê foi recomendado por ele pois eu queria algo bom e diferente e este só era produzido uma vez ao ano, por causa da temporada de caça. E esta semana eu o provei. De sabor forte e muito saboroso, a cada mordida me faz lembrar o espanhol com seus chifres imaginários na cabeça.



Como comprar o patê sem sair de casa
http://pates.uvinum.pt/pate-veado-com-figado-de-ganso-com-porto-200g

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Solar dos Presuntos, Lisboa

Restaurante Solar dos Presuntos



Este restaurante estava na minha lista quando fui a Lisboa. Caso o encontrasse. E caminhando pelas ruas, o encontrei. Não tinha reservas e fui bem acomodada numa mesa logo próximo à entrada, à frente de um enorme aquário com muitas lagostas e outros crustáceos ainda vivos. As paredes estavam cobertas com fotos de famosos, como Cristiano Ronaldo e Figo. Não encontrei a minha...


Pedi de entrada um prato de presunto pata negra que foi servido com pão quentinho, azeitonas e manteiga. Como prato principal, açorda de lagosta e gambas no pão acompanhado pelo vinho da casa. O prato foi servido em uma panelinha muito quente e o preparo terminou na minha mesa pelo garçon, que parecia misturar gemas a uma espécie de pirão. Era comida pra dois, mas comi tudo sozinha. Estava muito bom, mas na minha opinião ficaria melhor com um toque a mais de pimenta. Chamei o garçon que me trouxe uma pequena garrafa de "piripiri" em conserva, sob a recomendação para que moderasse na dose, pois era uma pimenta muito forte. Para convencer, ele me mostrou, rindo, o rótulo com o nome "Viagra".



Presunto Pata Negra


A cordialidade no atendimento

Açorda com pimenta

http://www.solardospresuntos.com/pt-pt/ementas.aspx